Des tous les jours
domingo, 31 de maio de 2020
Pote Vazio
domingo, 30 de junho de 2019
"Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse sempre a novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias."
https://www.pensador.com/frase/MzQxNDQx/
Saudades e Melancolia
segunda-feira, 17 de junho de 2019
Saudades de escrever
domingo, 23 de junho de 2013
Sociedade Narcótica
domingo, 21 de abril de 2013
Poesia Narrativa?
domingo, 31 de março de 2013
?
sábado, 9 de março de 2013
Mundo
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Cicatrização Precoce
Ah! Queria poder cicatrizar
tantas feridas feitas a ferro e fogo
Tantas feridas infectadas, remexidas, bagunçadas
E agora já tem mais de 6 horas
Vai por segunda intenção.
Deixa que o tempo joga o tecido de granulação.
A minha errônea ideia de que qualquer ferida poderia ser suturada
fez me pensar que eu não precisaria do tempo pra me recuperar.
Agora tenho que ver a ferida aberta:
Escandalosa e sanguinolenta,
potencialmente contaminada,
com germes da descrença e da indiferença.
E o pior é a pressa, a vergonha e agonia.
Ninguém gosta de feridas abertas
Ninguém quer vê-las ou senti-las
São como as emoções: melhor deixá-las escondidas.
Preciso de um antídoto...
Acelerador de tempo
Ou pomada de vento:
Cicatrização precoce impossível intento.
Então com vergonha,
fico a esperar minha estúpida
ferida cicatrizar
Mas peço com gentileza
Não fale nela ou na sua impureza.
Qualquer estupidez ou sinal falso de esperança atrasa sua recuperação
Ou melhor sua cicatrização.
sábado, 1 de dezembro de 2012
Orgulho
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Motivação
Senão a busca implacável?
Aquela vontade odiosa
de tirar de onde não se tem?
Não sei o que estou fazendo.
Não sei com quem estou buscando.
Sinto que estou apenas sendo.
Ou me livrando.
Que indizível loucura é tentar controlar...
o que nunca foi controlável.
Simplesmente assim.
"Como terei garantia?"
"Tenho medo!"
"E se?"
Frases pateticamente intrínsecas.
Sofrimento seco e solitário.
Não jogue mais poeira no armário.
Indiferença soa como crença abandonada,
esquecida, sofrida, e abusada.
Então o que há de se fazer sem garantias?
Há de se viver ora!
Que estamos a esperar?
A reclamar?
A chorar?
A espernear?
Nada.
Porque a espera, o tempo
a experiência, a sabedoria,
a inteligência, a crença, a revista
o jornal, o professor, a profissão,
a classe, a economia, e nem a ciência coitada.
Nada garante nada.
Como dizia sábio Cazuza:
"A vida é bela e cruel despida. Tão desprevenida e exata que um dia acaba."
domingo, 28 de outubro de 2012
While my guitar gently weeps
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Olho pra baixo
Amor por que não consigo falar contigo? Me dói tudo.
Orgânico ou psíquico? (que me importa?)
Sou um conjunto e não um aspecto.
Tudo está confuso.
Não tenho coragem...
E acho que nem quero ter : quero você descubra.
Como a fé nos desesperados ou a paz para os estressados.
Quero a comunicação silenciosa.
Quero a comunicação verborrágica.
Onde está você?
Por que é que "meu coração dispara quando tem o seu cheiro dentro de um livro?"
Queria poder te contar o segredo da minha alma.
Só que eu já contei.
E você não entendeu e jogou tudo fora.
Assim como o amor que eu te dei.
Eu quero te falar tanta coisa.
Mas "em meu ser tudo estaria terminado".
Quero te dizer que não consigo não ser assim: tola e inconveniente.
Explosiva e inconseqüente.
E o sentimento de inadequação é tão grande que me calo.
Olho para baixo.
Não é com você.
É que eu nasci torta mesmo.
Mas acho tem conserto...
Acho que consegui falar.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Nature
Em que é baseada a relação homem-natureza?
Na imitação? Na supremacia? Na impotência?
Na tirania? E como o caos humano
se concilia com a ordem natural?
Não vivo na terra, só existo nela.
Não a reconheço, não a aprecio,
só estremeço ao som do arrepio do
vento e do balanço do mar.
Ainda não sei o que é enxergar e
nem consigo entender de que é feito o ar.
Infinita e delicada é essa Terra imaculada,
ignota e insensata, maravilhosa e exata.
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Nerudan
Gosto quando te calas porque estás como ausente
e me escutas de longe; minha voz não te toca.
É como se tivessem esses teus olhos voado,
como se houvesse um beijo lacrado a tua boca.
Como as coisas estão repletas de minha alma,
repleta de minha alma, das coisas te irradias.
Borboleta de sonho, és igual à minha alma,
e te assemelhas à palavra melancolia.
Gosto quando te calas e estás como distante.
Como se te queixasses, borboleta em arrulho.
E me escutas de longe. Minha voz não te alcança.
Deixa-me que me cale com teu silêncio puro.
Deixa-me que te fale também com teu silêncio
claro qual uma lâmpada, simples como um anel.
Tu és igual a noite, calada e constelada.
Teu silêncio é de estrela, tão remoto e singelo.
Gosto quando te calas porque estás como ausente.
Distante e triste como se tivesses morrido.
Uma palavra então e um só sorriso bastam.
E estou alegre, alegre por não ter sido isso.
Pablo Neruda
sábado, 21 de julho de 2012
Dialogando com o Ego
Eu me sinto numa selva escura. Cheia de insetos e animais cujas capacidades e ameaças desconheço e no entanto, temo. É como se só houvesse uma pessoa no mundo: Eu. É como se buscar ajuda fosse a expressão máxima da minha loucura.
Pois pensem comigo: se sou a unica pessoa no mundo, procurar ajuda seria delírio, não acham? Pois bem. O nome disso é estresse [?] .
(Como é que a minha genética, criação, valores culturais e redes neurais determinam essa estranha sensação?)
É uma expectativa constante de humilhação em praça pública.
Mas não entendes que o 'sentir-se humilhado' depende do seu próprio conceito de humilhação? E que portanto, os fatores que determinam a possibilidade de ser humilhado depende dos seus preconceitos?
Sim. Eu entendo tudo isso perfeitamente. Já dizia Clarice 'pensar é um ato, sentir é um fato'. Penso e não sinto. Meu ego enorme foi desmascarado de forma sutil e brutal. Ele se sente só, desamparado e ansioso. ANSIOSO. ANSIEDADE.
Querido Ego, se tu já fostes desmascarado, o que tens a temer?
Eu te respondo minha querida. Temo a desindividuação, a desindividualização. Temo nadar nesse mar sórdido de igualdade. Nessa lama branca de hipocrisia, nesse mar silente, remitente, fraco, ausente, compassivo, inutil desgraçado e óbvio.
Óbvio? Que entendes por óbvio ego? Que há de mais óbvio no orgulho ferido ou no egoísmo disfarçado?
Há muito que tu compassivamente não compreenderias. Há muito que tu caridosamente ignorarias, uma vez que ser, em toda sua potencia ÚNICA,
veja bem, única e tambem exclusiva, é incompreensível para ti. Com essa mania universalizante.
Isso me dá náusea. Esse 'amor' todo, essa paz deprimente. Essa luz que tu jamais lograrás alcançar.
E que assim o seja Ego pois tens o dom de veres o mal onde só há luz. Isso advém da tua mente pequena, da tua necessidade de aparecer, de te estabelecer, de TER, de ter espaço, posses, propriedades, coisas, objetos nos quais possa te agarrar, te projetar . Entendes?
Creio que entendo. Por que será?
Porque ainda há muito orgulho em ti que precisa ser elaborado. Sua 'admiração' precisa urgentemente tornar-se admiração e não inveja disfarçada ou sensação de incapacidade. És forte, belo e maravilhoso, não precisas sentir-te sozinho. Todos somos acompanhados e cuidados. Porque um só são muitos e um dia muitos serão um só. O apoio interno necessita articular-se adequadamente com ele mesmo para buscar apoio externo, é preciso coerencia no pedir.
´
As sementes que você plantou no solo semi-árido da minha ignorância florescem a curtos e incertos passos.
O sonho da perfeita dissonância não é apenas fruto da pressa e sim, produto da arte extrínseca, da arte espremida, calculada gota a gota! Deixa-nos dispnéicos pálidos e tontos! Faz todo e ao mesmo tempo, nenhum sentido. Memória que sonha por um abrigo!
Pois nao ha tempo nem espaço; chegamos ao limite !
Há um limite? Há energia, muita energia escura em expansão, pronta para implodir o que lhe é externo ! Vestir o universo do avesso, com a branca cor do recomeço! Com as nada cândidas erupções estelares... Com o louco do Newton achando que o espaço é estático, e o louco do Einstein achando o contrário e o pior, ambos estando certos em seus universos paralelos. E continuamos ignorantes.
sábado, 30 de junho de 2012
Queda Livre
Esse espasmo no corpo..
De uma tristeza quase bela?
De uma sufocada alma poética...
Quero saber o instante do impalpável desencontro.
O desfecho incompreensível.
A realidade, agora, pesada e inexequível.
Quando deixamos de nos olhar?
Olhar.
Quase não sei o que é isso.
Olho para baixo. Quase fechando os olhos.
Porque tenho medo do inominável.
Porque agora sou apenas um retrato.
Estático.
Sem desejos, sem delírios.
Sem paixões, sem destino.
A minha mente gira em torno da ciência.
Do estudo, da competência.
da técnica?
Enfim, da não-vivencia.
E como é que seus olhos, são os únicos que continuam a brilhar?
Não é inocência.
É certeza.
Firmeza, coragem, inteligencia e presteza.
Fraqueza. Esse é meu apoio.
Essa base sem estrutura
esse medo sem ternura.
Como centro: a existência obscura.
domingo, 24 de junho de 2012
Término
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Poeta Morta
Há aquela angústia perene em minh'alma de poeta.
E eis que vãs filosofias não preenchem a utopia.
E eis que versos não satisfazem almas sedentas de prosa
e rezas não saciam sede de alcoólatras;
o remédio não cura o enfermo auto-etiológico
e a música da vida não abarca sua cor.
E a indignação interdisciplinar perde o colorido quando é abstrata!
Deixa de entreter para ser um fim em si mesma.
E eis que morre a poeta ! Egoísta e pseudo-ascética...
Que não alcança si mesma e nem a Terra.
Que me vale comentar a beleza das flores,
se meus fracos versos não fazem jus à sua existência?
Farão as palavras jus a todo passado que nós "do presente" perdemos?
A existência fará jus algum dia a colorida e
inflamada poesia que não é realidade nem mentira?
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Trabalhadores do Mar
terça-feira, 3 de abril de 2012
Valores em edifícios, sonhos demolidores
sábado, 3 de março de 2012
?
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Notre grand amour est mort - Carla Bruni
S'il n'est pas encore mort il est agonisant
Quelqu'un l'a vu errer et tituber comme un mendiant
Quelqu'un l'a vu à genoux pleurer comme un enfant
Lui qui couchait dehors sous les ponts à tous les vents
Lui qui avait peur du noir, il est mort maintenant
Elles vacillent avec le temps
Les grandes amours chancellent
Les grandes amours sont folles
Elles sont folles de leur tourment
Les grandes amours cruelles
Faut parfumer son corps le veiller trois nuits durant
Il faut le mettre en terre sans cercueil, ni sacrement
Pour qu'il revienne en fleur, pour qu'il fasse son temps
Elles vacillent avec le temps
Les grandes amours chancellent
Les grandes amours sont folles
Elles sont folles de leur tourment
Les grandes amours cruelles "
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Impressões
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Anoitecer do mar
domingo, 22 de janeiro de 2012
Sonho
sábado, 21 de janeiro de 2012
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
Máscaras
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Espera
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Vida Jim!
terça-feira, 29 de novembro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Presença
sábado, 15 de outubro de 2011
10:05 am
domingo, 18 de setembro de 2011
é demais :
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Dor de existir?
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Vergonha
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Poesia: é pra isso que vivemos.
sábado, 23 de julho de 2011
Andando pelo mundo.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Pseudo-Futuro- passado livro.
Capítulo 1
Amor, hoje começa a secreta caminhada ao enredo do infinito que se perde no abismo do meu ser desconhecido. Minha personagem é a persona do meu eu-inferior, completa em sua ardente paixão e em seu deprimente torpor.
Hoje, ela se acha enganada e iludida, destratada e desvalida, mas ela sabe que isso é apenas aquele engraçado sentimento do passado reconhecido no futuro. Ela quer e precisa entender essa necessidade de ser e não-ser, integrar e não - integrar.
O que a leva a questionar o conceito de ser já que ela considera que é, mesmo sem saber o quê? Mas a consciência de ser não é uma prova do que já se é? – Ser é estar ou existir? – Ser feita da matéria antiga de todo cosmos, ser-pensante-alucinante , apavorante .
Não-compreensão de si mesma.
E ela só, filosofa mesmo por saber que não terá certezas.
Ela descobriu que para entender o conceito de ser ela precisa fazer parte dê... – qualquer coisa que ela julgue diversa dela mesma, qualquer coisa na qual ela não se reconheça. Naquilo ou naquele. Algo que ela julga externo, e que para entender ela deve se ver no que ela não é, como na demonstração pela negação mas que acaba virando confirmação, já que é subjetiva, pois a clareza de ser tudo e todos não é demonstrável, é sensível.
(E hoje ela não quer facilitar a prosa) que ser prosa poético-insana-estética.
Capítulo 2.
Então, foi em busca da realidade:
Quis conhecer e pegar no que era tido como verdade.
E conheceu alguém,
no meio de mar de gente, de idéias, personas e personalidades navegou imprecisamente, procurando o preciso.
Mas ela nunca tinha certeza do que via, ela só deixava ser e depois analisava...
E um dia, deixou aquele Ser, ser junto com ela e andaram com as mãos atadas à existência, julgando-se livres pelo espaço cósmico do pensar. Como num sonho surreal, ela teve um insight com cores e imagens.
Como na inspiração, em que todos os elementos da imaginação e realidade se fundem para criar a supra-realidade. Ela se fundiu com ela mesma e viu que era alguém. Mas alguém em outro alguém? Sim, ela se viu naquele Ser, que ela deixou estar para analisar. E ela foi.
Nunca tinha pensado que ser era estar com --- e esteve completa quando percebeu que era, junto dele, ou Dele. Ele podia ser a manifestação do divino, ou podia ser só ele, que era divino por que era. Sentiu uma alegria pura da beleza de quem só é, de quem não é mais o que se fez de si e o que os outros fizeram dela, pureza de quem foi, e não de quem se fez.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Se eu Fosse Eu - Clarice Lispector
E não me sinto bem. Experimente: se você fosse você, como seria e o que faria? Logo de início se sente um constrangimento: a mentira em que nos acomodamos acabou de ser levemente locomovida do lugar onde se acomodara. No entanto já li biografias de pessoas que de repente passavam a ser elas mesmas, e mudavam inteiramente de vida. Acho que se eu fosse realmente eu, os amigos não me cumprimentariam na rua porque até minha fisionomia teria mudado. Como?não sei.
Metade das coisas que eu faria se eu fosse eu, não posso contar. Acho, por exemplo, que por um certo motivo eu terminaria presa na cadeia. E se eu fosse eu daria tudo o que é meu, e confiaria o futuro ao futuro.
"Se eu fosse eu" parece representar o nosso maior perigo de viver, parece a entrada nova no desconhecido. No entanto tenho a intuição de que, passadas as primeiras chamadas loucuras da festa que seria, teríamos enfim a experiência do mundo. Bem sei, experimentaríamos enfim em pleno a dor do mundo. E a nossa dor, aquela que aprendemos a não sentir. Mas também seríamos por vezes tomados de um êxtase de alegria pura e legítima que mal posso adivinhar. Não, acho que já estou de algum modo adivinhando porque me senti sorrindo e também senti uma espécie de pudor que se tem diante do que é grande demais".
(Texto extraído do livro A Descoberta do Mundo, Clarice Lispector, editora Rocco, pg. 156)